Emagrecer, eis a questão...

Emagrecimento é um assunto muito comentado, muito desejado, é capa de revista todo dia...

Todo mundo já está cansado de ouvir falar em dietas milagrosas, alimentos, suplementos e chás que ajudam a emagrecer, outros que não engordam tanto (como versões diet e light de produtos alimentícios), além de outras receitas mirabolantes que a gente sempre ouve por aí. Tudo sempre parece muito fácil.
Só que a realidade é bem mais complexa...

A composição corporal de uma pessoa é definida por muitos parâmetros e variáveis.
A informação genética dita os caminhos de como o nosso metabolismo vai controlar os nutrientes que são assimilados pelo nosso corpo, mas não é a grande culpada pela obesidade ou sobrepeso de alguém. Para ser um pouco mais clara: se meu corpo foi programado geneticamente para gastar energia mais lentamente, a minha ingestão de calorias deverá ser menor, para que eu possa ter um metabolismo adequado e não gerar sobras, ou então, eu vou ter que encontrar meios para gastar mais energia para compensar o desequilíbrio.

A maioria dos casos de obesidade familiar está relacionada aos hábitos. E isso não é nenhuma novidade.
A despeito das informações genéticas, muitos outros fatores podem influenciar e determinar o peso do indivíduo ao longo da vida, e hoje é sabido que a interação com o ambiente é o fator determinante.

Início da vida: Desde a gestação o curso metabólico do indivíduo pode ser alterado, dependendo daquilo que ele recebe da mãe, incluindo nutrientes, hormônios e outras substâncias, tóxicas ou benéficas. A evolução desse processo continua durante a amamentação e durante a introdução dos alimentos, principalmente nos dois primeiros anos de vida, que são os determinantes para a formação dos hábitos alimentares de uma pessoa.

Hormônios: Ao longo do tempo, nossa "máquina" metabólica começa a apresentar desgastes, principalmente dependentes dos níveis hormonais. A infância e a adolescência são marcadas pelo auge de funcionamento do organismo, mas após esse "boom" hormonal passamos por um platô e, mais ou menos aos 30 anos, iniciamos um declínio inevitável, que pode ser acelerado ou retardado pela maneira como conduzimos a nossa vida.

Carências e excessos: Uma alimentação pobre em vitaminas e minerais favorece a degeneração da atividade celular e, consequentemente, da produção de energia. Outros nutrientes também são necessários para produção de elementos essenciais no nosso corpo, como aminoácidos e gorduras "boas".  Excessos, como os de glicose, proteínas, gorduras saturadas, corantes, conservantes, agrotóxicos e mesmo de alguns minerais, também geram alterações no metabolismo, além de acarretarem acúmulos. Isso resulta em uma reação em cadeia, em que células e órgãos não funcionam como deveriam, mesmo que a produção de hormônios e outras substâncias aconteça.

Atividade física: Todo mundo sabe que precisa praticar uma atividade física. Alguns até conseguem. Outros tantos chegam a começar e desistem, ou porque esperam verdadeiros milagres, ou preferem ficar em casa dormindo ou assistindo tv (já calculou quanto tempo você perde diante da tv?). Existem ainda aqueles que nem tentam. Suas vidas são muito atribuladas, muito estressantes, muito cheias de coisas que não lhes dão o direito de se cuidar... É sempre muito fácil encontrar justificativas para o que nos convém. É mais confortável... Mas é bem verdade que algumas pessoas apresentam uma fadiga tão grande, causada pelos mais diversos problemas, que realmente não têm forças para levar uma atividade física a diante. Para estes, outras intervenções são necessárias.

Estresse: Todo mundo fala sobre o estresse e se diz estressado. Isso é real. Vivemos em um mundo capitalista, em que somos demandados ao extremo para que possamos sobreviver. Esse constante estado de tensão prejudica o controle hormonal e gera excesso de radicais livres. Além disso, nosso ritmo acelerado não torna fácil a manutenção de hábitos saudáveis. Temos que aprender a valorizar as coisas certas e reservar um tempo para cuidar do nosso corpo e da nossa mente. Quem não usa seu tempo para cultivar a saúde acaba tendo que encontrar tempo (e dinheiro) para tratar a doença...

Há algumas décadas não se possuiam tantos recursos para prevenir e conduzir o sobrepeso e a obesidade, mas também não existiam tantas pessoas sofrendo desses males. Não existiam tantos produtos alimentícios, tanta mídia sobre esses produtos, tantos carros, internet, estresse... comia-se melhor, caminhava-se mais, tinha-se mais tempo...
Além disso, os padrões de beleza criados estimulam uma busca irracional por um "peso" ou por "contagem de calorias", não importando quanto tempo as perdas vão durar e o preço que o seu organismo está pagando por isso.
Somente hábitos saudáveis são capazes de garantir a manutenção de um peso adequado. Não existe "remédio milagroso"...
Nem sempre o primeiro passo é fácil, e algumas pessoas precisam de algumas correções metabólicas, como mencionei anteriormente.
O importante é ter a consciência de que somos responsáveis pelos nossos atos e, portanto, por suas consequências.

Cuidar do peso é cuidar da saúde.
Faça a sua parte!
















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